sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Dia Nacional de Combate a Intolerância Religiosa | Vão livre do MASP | Sábado, 21. Janeiro 2017


No próximo dia 21, das 15h às 18h, no Vão Livre do Masp, na Av. Paulista, o povo de terreiro, movimentos sociais, coletivos artísticos e culturais, marcharão contra a violência que históricamente agride adeptos do candomblé, umbanda, e de outros cultos de raízes negras. 


Vista-se de branco e junte-se à luta contra o racismo religioso, pela liberdade de culto e por nenhum direito a menos! 
Traga seus instrumentos, flores, dança, arte, cartazes, protestos, resistência e Diga Não aos Retrocessos! 

Sob o manto do estado democrático e de direito, a intolerância demonstrada das mais diversas formas não poupa ninguém. Aquele que pratica a injúria não tem um objetivo maior, senão o de dizer onde aquele que foi injuriado deve estar: no campo da invisibilidade. Combater a intolerância religiosa significa rejeitar o racismo como sistema de opressão e dar corpo e voz a uma parcela da população que vem sendo sistematicamente agredida em sua dignidade pelo cerceamento de direito de liberdade de culto.

A questão da liberdade de religião e de culto amplamente requerida pela população negra e pelos religiosos de matriz africana deve ser vista sob a ótica da afirmação e reiteração da identidade negra e de toda a sua ancestralidade. Negar esse direito, compactuar com esta lógica é o mesmo que permitir que os tambores continuem abafados e os adeptos das religiões de matriz africana permaneçam naquilo que o “outro” considera a sua senzala – não há democracia racial, como não há respeito à diversidade religiosa.


Como surgiu a data
Em 2007, o dia 21 de janeiro foi instituído como a data de Combate à Intolerância Religiosa, em reflexão e memória da Ialorixá Gildásia dos Santos - vítima de um dos casos mais drásticos de intolerância que a história brasileira conheceu.
 
O crime começou em outubro de 1999, quando O jornal Folha Universal estampou em sua capa uma foto de Mãe Gilda – trajada com roupas de sacerdotisa para ilustrar uma matéria com título: “Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida dos clientes”. Sua casa foi invadida, seu marido foi agredido verbal e fisicamente, e seu Terreiro foi depredado por evangélicos. A Ialorixá não suportou os ataques e, após enfartar, faleceu em 21 de janeiro de 2000.


Campanha nas redes sociais

  • Diga #nãoàintolerânciareligiosa
  • Acompanhe a página Campanha contra a Intolerância Religiosa - 2017 e fique pode dentro das ações que acontecerão em diversas cidades do Brasil em adesão e reflexão sobre o Dia Nacional de Combate a Intolerância Religiosa Se você participa de algum grupo que promoverá alguma ação relacionada ao dia, nos informe e atualizaremos a lista para que mais e mais de nós somemos esforços nessa luta tão importante. Abaixo, algumas agendas do da Semana de Combate a Intolerância Religiosa,

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