terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Lançado o Livro da Criação, de Rubens Saraceni



O lançamento de Rubens Saraceni: “O Livro da Criação” apresenta um olhar Umbandista para a compreensão de Olorum (Deus) e os Orixás (Divindades) na origem de Tudo e na cosmologia Umbandista.

Este novo livro representa uma contribuição inestimável para a construção da Teologia de Umbanda Sagrada.

Precisamos aprender a pensar a Umbanda com cabeça umbandista

Isto quer dizer: pensar a nossa própria realidade a partir da Umbanda e pensar a Umbanda por meio de uma realidade umbandista, e desta forma alcançar uma visão de mundo umbandista, que é algo urgente para a sobrevivência e independência de nossa religião.

Se continuarmos pensando o mundo de uma forma espírita, católica ou candomblecista a Umbanda continuará em segundo plano como, apenas, uma prática mediúnica, “mediunismo”, e não como a religião que é de fato e de direito.

Esta tomada de posição é necessária para que a Umbanda seja respeitada como religião. Sabemos que a Umbanda é uma religião, no entanto, que religião é esta que continua pensando e interpretando o mundo, a vida e a si mesma por meio de outras religiões? Não existe segurança doutrinária, teológica ou racional para o praticante que desconhece os fundamentos de sua própria religião.

A Umbanda se encontra hoje em um ponto de amadurecimento em que é preciso encontrar a sua visão de mundo. Isto é algo que todas as religiões mais antigas já passaram. Todas as religiões beberam do conhecimento e sabedoria de outras religiões em sua formação e, com o tempo, foram desenvolvendo e encontrando a sua própria teologia, sua própria visão de mundo e de si mesma.

Na Umbanda, hoje, por meio da obra e da mediunidade de Rubens Saraceni, temos a grata oportunidade de ver um rico material teológico autenticamente umbandista.

Nos seus mais de cinquenta títulos psicografados e publicados, Rubens Saraceni já vem apresentando os fundamentos da religião de Umbanda Sagrada. E agora, o conteúdo deste volume nos parece chegar como um amadurecimento de sua própria obra. Mais uma vez, vamos constatar que tudo tem a hora certa para acontecer. Eis que está em nossas mãos todo um conjunto de conhecimentos e fundamentos para pensar Olorum e os Orixás com uma visão totalmente umbandista.

Entre tantas revelações sobre Olorum e os Orixás presentes neste livro, uma das questões que mais me chama a atenção é a explicação que apresenta o Todo a partir do lado interno e do lado externo da criação. O lado interno, totalmente desconhecido, é o lado interno de Olorum, já o lado externo é sua exteriorização por meio das realidades divina, natural e espiritual.

Só esta forma de pensar o universo e a criação já nos apresenta chaves de interpretação que nos permitem um olhar que privilegia e explica a presença de Olorum e dos Orixás no início de tudo. E o que nos surpreende é a riqueza de detalhes e informação com que o autor espiritual vai explicando e desdobrando questões pertinentes à Criação. De forma minuciosa, vamos passando a ter uma visão umbandista sobre Olorum e os Orixás Originais. Sim, uma visão umbandista!

Temos aqui uma Teologia de Umbanda que identificamos como Teologia de Umbanda Sagrada, a qual, é importante que se diga, propõe que toda a Umbanda seja sagrada, pois não há uma Umbanda Sagrada e outra Profana. Utilizar o termo Umbanda Sagrada é uma homenagem e referência ao mentor espiritual de boa parte desta Teologia, o Preto-velho Pai Benedito de Aruanda, que sempre se refere à Umbanda, toda Ela, como Umbanda Sagrada.

Esta Teologia segue uma vertente popular, uma linguagem simples, fácil e acessível. Esta é uma Teologia para quem quer entender a Umbanda em seus fundamentos básicos que ainda estão sendo explicados à luz da Umbanda. Para nós, isto é o mais importante: receber do astral as explicações da Umbanda à luz da Umbanda. Ou seja a Umbanda explica a Umbanda!

Todas as religiões são boas. A melhor religião é aquela que faz de você uma pessoa melhor. Seguir uma religião e sua verdade é uma escolha. Você pode receber este material como uma revelação da Umbanda para os umbandistas, ou pode continuar pensando e crendo por meio dos valores de outras religiões. A escolha é sua, sempre. Por isso, a Umbanda é uma religião tão livre, nossos mentores no oferecem o que há de melhor para nossas vidas, ainda assim, a escolha de pegar estas sementes é sempre nossa.

Aproveite cada gota deste néctar, receba e plante estas sementes, adube com amor e cresça junto com a Umbanda Sagrada.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Reflexões sobre a mediunidade

Por Alexandre Cumino


A mediunidade não é um peso e sim um dom. Mas quando não sabemos como trabalhar com ela, pode se tornar um fardo.

Muitos se sentem reféns de dores e sentimentos que se manifestam em seu corpo sem explicação científica, biológica, psicológica ou racional. Em muitos momentos da vida, sentimos que há algo de errado em nós, nos sentimos deslocados do mundo, sentimos que falta um sentido ou uma razão para nossas vidas. 
Sentimos “coisas” que não conseguimos explicar e, às vezes, parece que estamos ficando loucos. Muitas vezes parece que temos distúrbios bipolares, tripolares, multipolares… Somos vistos como histéricos, desequilibrados ou esquisitos, apenas porque vemos, ouvimos ou sentimos o mundo espiritual.

Como diria Pai Ronaldo Linares: “Não estamos loucos, apenas descobrimos que somos médiuns”.

Durante muito tempo a psicologia considerou os sintomas da mediunidade como se fossem os mesmos da histeria. Hoje sabemos que histeria não tem hora nem lugar para acontecer e muito menos pode dar um sentido para nossas vidas. Sendo assim, se a mediunidade fosse uma loucura, então seria uma loucura controlada. Somos loucos por Deus, somos místicos no sentido mais forte da palavra: aqueles que vivem uma experiência transcendental direta e visceral com o sagrado. Afinal: a sabedoria que reside no sagrado é loucura para este mundo material e a sabedoria deste mundo é loucura para o sagrado e divino. (I Cor: 1:17)

Ao nos descobrirmos médiuns, passamos a ouvir muitos dogmas e tabus que nem sempre correspondem à verdade sobre nossa mediunidade.
Como por exemplo:


• De que todo médium tem um pesado karma para carregar. 

• Que médium é um devedor da Lei maior.

• Que mediunidade é um caminho de sofrimento e dor. 

• Que os guias espirituais ajudam a todos menos a seu médium.

• Que um médium deve ser um santo(a), casto(a), puro(a) e ilumina¬do(a), como um avatar ou mestre ascensionado. 

• Que médium está destinado a uma vida miserável, sem prosperidade.

• Que o médium assinou um contrato antes de encarnar e que agora deve cumprir seja lá o que for, que ele mesmo não sabe o que foi.

• Que uma vez desenvolvida a mediunidade, a pessoa passa a estar amarrada com a Umbanda e não pode sair mais desta religião. Etc... 

Enquanto, na verdade...

• Mediunidade é oportunidade de viver a vida com mais qualidade, com mais sentido, com mais sentimento.

• Mediunidade é oportunidade de contato com nossa família espiritual que nos ama e quer bem.

• Mediunidade é oportunidade de vencer velhas dificuldades, superar apegos, curar dores e vícios.

• Mediunidade é oportunidade de sair do caminho da dor e entrar no caminho do amor.

• Mediunidade é oportunidade de nos libertarmos do peso do karma negativo desta e de outras encarnações.

• Mediunidade é mais vida para nossas vidas.

• Mediunidade é tudo isso e muito mais se for bem trabalhada, e pode ser um caos se mal trabalhada. 

Por isso, precisamos, em primeiro lugar, desconstruir certos paradigmas desconexos com a realidade de uma mediunidade saudável. Não basta apenas cuidar do espírito. É necessária uma nova cultura, passar a ver a vida de um ponto de vista integral.

O médium precisa se autoconhecer, precisa aprender a trabalhar suas dores, seus traumas, vícios e dificuldades. O médium precisa aprender a aplicar sobre si mesmo e sobre sua vida os recursos da Umbanda, antes de exigir ou esperar que seus guias façam pelos outros. O mais importante é querer se tornar alguém melhor, uma pessoa mais bacana para si mesmo e para os próximos e os distantes também.

Para conseguir desenvoltura mediúnica na religião de Umbanda, é importante que os médiuns conheçam o mínimo sobre o que é Umbanda, quem são os guias e orixás, o que é uma oferenda, o que são firmezas e assentamentos, o que é magia, o que são pontos cantados e riscados e etc. 99,9% dos médiuns são semiconsientes e entram em crise por acreditar que estão “mistificando”, não sabem se são eles ou os guias se manifestando. Por esta razão, entre outras, é muito importante que o médium de Umbanda estude, aprenda e conheça o que é este dom divino que se manifesta por seu intermédio.

ZenReal: Pombagira executora da Lei e Da Justiça Divina Rec...

ZenReal: Pombagira executora da Lei e Da Justiça Divina Rec...: - Como guia espiritual da esquerda, nós espelhamos os sentimentos de voces, mas também esgotamos os negativismos de cada um; - Cad...