segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

As cores dos Orixás - Rubens Saraceni

Um pouco de Doutrina


Comentar sobre as cores do Ori­xás é o mesmo que tentar equili­brar-se e manter-se ereto na cris­ta de uma onda ou parar todos os movimentos no meio de um ciclone, pois nenhum Orixá tem uma única cor.

Isto tudo é apenas fruto da tentativa de individualizar o geral e generalizar o individual.
Como dar cor a uma energia?
Desde Oxalá, no extremo positivo, até Omolu, no extremo negativo, todos trazem em si tantas cores que, por não serem visíveis aos olhos humanos e serem ainda desconhecidas, é-nos impossível comentá-las.
Afinal todo Orixá é um mistério em si mesmo, e, por ser um mistério, por sua própria essência divina, assume a cor que lhe atribuem, além de todas as outras, pois um mistério é a Manifestação Divina do Divino Criador, tornada visível aos olhos humanos, os quais, por mais que estudem, jamais serão capazes de penetrar no interior de um mistério para desvendá-lo.
Em verdade, um Orixá irradia todas as cores, pois irradia em todas as sete faixas ou padrões vibratórios, e cada tipo de vibração, ao graduar a velocidade do giro, pode ser para mais ou para menos, dá uma cor a cada um dos elementos irradiados na forma de energias.
Por isso, uns dizem que Ogum é azul e outros dizem que é vermelho. Ou uns dizem que Xangô é vermelho e outros dizem que é marrom.
Os Oguns individualizados assumem a cor vermelha, na Umbanda, porque o próprio astral aceitou essa classificação que fixaria a sua identificação e facilitaria seu entendimento. E o mesmo ocorreu com o marrom de Xangô.
Mas nós sabemos que as cores dos Oguns variam de acordo com a faixa vibratória em que atuam. E o mesmo acontece com todos os Orixás, pois temos Iansãs que irradiam a cor ama­rela, a cor vermelha, a cor azul, a cor cobre, a cor dourada, etc.
Logo, discutir a cor dos Orixás é um assunto ainda desconhecido no plano material. O comprimento de onda ou a velocidade da irradiação é que determina se uma energia irradiada é azul, verde ou vermelha. E o comprimento de onda ou velocidade obedece ao tipo de elemento e ao padrão vibratório da faixa por onde ele está sendo irradiado.
No padrão vibratório cristalino, as cores das energias praticamente desaparecem. No padrão vibratório telúrico, elas assumem tonalidades tão densas, que temos a impressão de poder pegá-las com as mãos.
Além do mais, dentro de uma mesma faixa vibratória, temos os subníveis vibratórios. E aí a coisa complica ainda mais, porque nos subníveis mais eleva­dos, as cores se sutilizam, e, nos mais baixos, elas se densificam.
Mas todos os Orixás são Mistérios Divinos e aceitam, sem discussões as cores que já lhe atribuíram ou haverão de atribuir-lhes, pois, como Mistérios, trazem em si todas as cores.
Então que na mente das pessoas se afixe a cor que melhor irá permitir sua interação vibratória com seu que­rido Orixá, pois através dessa via colo­rida seu Orixá atuará em todo o seu mental, espiritual, emocional e físico, e o fará com tanto amor que, no fim, no imenso oceano da vida, todos serão cintilantes e multicoloridos “pingos” de amor à criação e de fé, muita fé, no nosso amoroso Criador.
Agora passaremos aos nossos ama­dos filhos-de-santo e filhos-de-fé, as cores que temos permissão de revelar, e que, se estudarem um pouco acabrão descobrindo fundamentos profundos no campo das irradiações energéticas que começam a acontecer após nossos “pedidos” e orações, invocações e fir­mezas, irradiações e cantos.
OXALÁ....................... Branco, cristalino, furta-cor.
OIÁ-TEMPO.............. Azul escuro, branco, preto e prata.
OXUM........................ Rosa, dourado, azul e amarelo.
OXUMARÈ................. Azul, furta-cor, lilás e azul celeste.
OGUM........................ Azul escuro, prateado, vermelho.
IANSÃ........................ Amarelo, dourado, vermelho-coral.
XANGÔ....................... Marrom claro, dourado, vermelho.
EGUNITÁ................... Laranja, dourado e vermelho.
OXOSSI..................... Verde, azul escuro e magenta.
OBÁ............................ Magenta, dourado e vermelho.
OBALUAÊ.................. Branco, prateado, violeta e branco/preto.
NANÃ......................... Lilás, azul claro e roxo.
IEMANJÁ................... Branco azulado, prateado cristalino, azul profundo (anil) e azul claro.
OMOLU...................... Vermelho, preto, roxo, branco, vermelho, preto.
EXU............................ Preto, e vermelho.
POMBAGIRA............ Vermelho, e preto.
Portanto, fiquem com as cores que já se tornaram padrão, e está tudo certo para os nossos amados Orixás, uma vez que eles querem vê-los a partir de sua fé, que deve ser pura e imaculada.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Guias ou colares na Umbanda

Um Pouco de Doutrina

Pablo de Araújo Carvalho

As guias ou colares na Umbanda fazem parte da indumentária da religião e é recurso mágico-religioso por excelência quando devidamente cruzados e imantados pelos espíritos e guias protetores de Umbanda, pois os guias ou mentores são os ativadores dos mistérios que se abrem através dos colares. O colar no pescoço de um médium funciona como um pára-raios, um campo protetor que se abre e miniminiza a sobrecarga que por ventura venha atingi-lo. Caso o médium receba uma carga energética negativa de 100%, o colar do guia ameniza essa carga em 80% e o médium só sente o impacto de uns 20% da carga negativa. Por isso o colar ou guia não deve ser visto como um simples adereço e sim como um instrumento mágico fundamental para o uso nos trabalhos espirituais ou cotidiano caso recomendado por um Guia Espiritual de Umbanda.

Além disso todo colar é confeccionado por elementos naturais, tais como: pedras de cristais, minérios, porcelana, sementes, conchas, búzios, etc. Também são colocados símbolos como: cruz, espada, machado, crânio, penas, etc. mais também são amarradas fitas coloridas, branca, azul, amarela, verde, etc. Cada elemento possui uma finalidade e tudo é ativador de mistérios, pois se o colar é feito de cristais transparentes, essa guia é consagrada ao Pai Oxalá e cada vez que a usamos, além de abrir-se um campo protetor na força de nosso Pai Oxalá e no seu elemento que é o quartzo transparente, também abre-se um canal de comunicação através de cada esfera de cristal onde passamos a ser monitorados e vigiados através delas pela Divindade ou Guia responsável por aquela guia ou colar e ao detectar uma demanda ou um ataque espiritual, daquelas esferas ou pedras do colar saem espíritos que atuaram em nossa defesa, pois o colar é portal aberto e caso haja necessidade, é por meio deles que somos ajudados, sem a necessidade do guia incorporar para ajudar-nos.

O guia/colar também é um portal móvel e basta colocá-lo no chão acender uma vela no centro dele e oferecê-la ao orixá correspondente e dono desse colar, adentrarmos dentro do circulo com a vela em nosso tornozelo e clamarmos a Olorum e ao Orixá dono daquele colar e pedirmos que descarregue todas as energias negativas de nosso campo, nos harmonize e nos equilibre, que em instantes já estamos com todo nosso corpo físico e espiritual descarregado e nossas forças equilibradas e harmonizadas com a criação de nosso Divino Criador Olorum.
O guia espiritual é o único que sabe manusear e ativar os recursos do colar com 100% de conhecimento de causa, porém aprendemos alguns significados quando o colar é usado em determinadas posições em nosso corpo quando o guia está incorporado.

Vejamos:
Tradicionalmente o colar sempre é usado em nosso pescoço e aberto para frente, criando assim todo um campo protetor e abertura de passagem e troca de energias com as forças localizadas a nossa frente. Quando o colar é usado em vertical ou perpendicularmente, cruzado em nosso corpo e aberto para nossa esquerda, caso seja um colar de Exu cria-se assim todo um campo protetor e abertura de passagem e troca de energias com as forças localizadas a nossa esquerda, onde passamos a ser descarregados e esgotados de todas as energias negativas situadas em nosso campo e passamos também a ser carregados energeticamente falando de energias vitalizadoras e estimuladoras de nossas ações positivas e virtuosas.
Por que colocamos caso seja um colar de Exu? Porque à nossa esquerda quem rege são os Orixás, Exu, Pomba-Gira e Exu-Mirim e mesmo existindo outras divindades a nossa esquerda, na Umbanda é Exu que responde por todas as forças e campos à esquerda. 

Como somos curiosos e investigativos por natureza, vê que alguns guias em determinados trabalhos usam colares de Orixás e Guia da direita aberto para os campos à esquerda, e quando um colar de guia da direita está aberta ou colocada transversalmente para nosso lado esquerdo, é que esse colar está sendo um campo bloqueador de entrada de energias das realidades à nossa esquerda, porém raramente vemos isso e se o guia utiliza-os dessa forma é porque tem os seus motivos de bloquear temporariamente a entrada de vibrações a nossa esquerda.

Usa-se também colares cruzados perpendicularmente abertos um para esquerda e outro para direita. Geralmente esses colares usados no corpo de forma cruzada, possuem uma polarização energética ou forma pólos complementares, por exemplo, os guias geralmente usam colares cruzados amarelo (Mãe Iansã) de um lado e vermelho (Pai Ogum) de outro, dois campos que se complementam e trabalham em conjunto, poderia ser Marrom (Pai Xangô) e Laranja (Mãe Egunitá), vimos também colares cruzados de baiano e boiadeiro, como também colares de coquinhos ou olho de cabra (Pai Baiano) cruzado para esquerda e amarela (Mãe Iansã) cruzado para direita, ambos formam polaridades, pois a linha dos baianos é Regida por Mãe Iansã e Pai Oxalá, então forma pólo e campos que se complementam, assim como colares feitos de couro (Pai Boiadeiro) cruzado para esquerda e vermelho ou azul escuro (Pai Ogum) cruzado para direita, ambos formam polaridades, pois a linha dos boiadeiros são regidas pelos Orixás Ogum e Logunan (Oya-Tempo).


Então formam pólo e campo que se complementam e no ponto onde os colares se cruzam, formam um pólo magnético à frente polarizando com outro pólo magnético atrás, sendo o cruzamento do colar na frente e atrás um pólo misto de forças e a abertura dos colares à esquerda e à direita um pólo unipolar ou puro de forças e elementos.

Na verdade sabemos só aquilo que os guias querem que saibamos e nosso conhecimento é fruto desse querer, pois a fonte sempre serão eles e somos meros expansores desse conhecimento que se origina neles, o pouco que vamos aprendendo devemos disseminar para enriquecer a nossa religião. É certo que o colar tem muitos mais mistérios e formas de utilizá-los, porem somente os guias dominam integralmente esses mistérios e vamos nos contentando com o pouco que nos é aberto e esclarecido. 

Saravá Umbanda.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Armadilhas do ego: da ignorância às conseqüências

Perguntei ao Exu Sete Porteiras sobre os médiuns que só aparecem no terreiro quando precisam de uma consulta e zombam dos médiuns que cumprem sua missão e ele me esclareceu algumas dúvidas.
Orientação do Sr. Exu 7 Porteiras a Sacerdotisa Sandra Sagrado

"Vamos falar aqui de uma questão bem delicada que é o triângulo de forças, o cuidado com os Orixás de cabeça de cada filho de um terreiro, especialmente de casos em que o médium vem de outro culto afro-brasileiro, na busca de cuidar de seus Orixás de cabeça, não porque queira realmente entrar na Umbanda, mas porque acredita que será mais fácil  - financeiramente - fazer este cuidado.

Quando o médium vem com a preocupação de conseguir firmar seu Orixá e procura a Umbanda por achar que é mais barato e não porque realmente quer seguir a religião, comete alguns erros:
· Geralmente são médiuns que vêm de outra denominação e que tiveram a orientação de que devem fazer seu “santo” senão sua vida vai piorar – e procura a Umbanda por saber que é um culto caritativo;

·  Participa até saber seu triângulo de forças, mas sempre seguindo a orientação da antiga denominação, geralmente de um  médium orientador  que acredita cumprir sua missão ao orientar o médium  neste sentido e que continua acompanhando-o;
·  Ao seguir esta orientação, o médium faz o desenvolvimento mediúnico, até saber seu triângulo para firmar seu Orixá de frente, que segundo a orientação da outra denominação, seria o mais importante para sua vida seguir adiante. A partir daí, o médium acha que já fez o que precisava e some do terreiro. Depois se vangloria do que faz e busca outros terreiros só para se consultar, desde que falem aquilo que quer ouvir;
·  Quando vai a outros terreiros, geralmente videntes enxergam os guias do dirigente do terreiro que revelou seu triângulo de forças, porque não saiu, só sumiu, mas as forças  o acompanham..

Aí que reside grande confusão do médium que busca um terreiro por mera conveniência financeira ou por proximidade com um dirigente, mas sem seguir suas orientações. Fica confuso, corre de um terreiro a outro, sem qualquer compromisso ou comprometimento, enquanto sua vida dá certo em alguns aspectos. No entanto,  suas forças não são firmadas adequadamente, pois fica pulando de galho em galho, sem se fixar em local nenhum e ainda se vangloriando para o mundo que é “macumbeiro” e se acredita poderoso...

Quando chega ao ponto de se vangloriar, aparentando que sua vida vai de vento em polpa, deixando o orgulho tomar conta e o ego falar mais alto, começa a se desfazer das pessoas, achar que é mais que os outros e, é claro, atrai para si todo tipo de negatividade por sua conta e risco, já que não segue as orientações do terreiro do qual sumiu.

Muitos de voces já devem conhecer casos assim e que a vida da pessoa vai de vento em polpa, até a hora em que o calo aperta e o orgulho não permite admitir os erros cometidos e acaba falando mal da Umbanda, como se a religião fosse a culpada de seu desrespeito com a espiritualidade e suas lambanças junto a suas próprias forças. Esses médiuns, geralmente soberbos, quando estão conseguindo tudo o que querem, creditam à sua esquerda, mas quando as coisas começam a dar errado, culpam a Umbanda como um todo e ainda desrespeitam os terreiros e os médiuns que seguem a religião corretamente e a religião como um todo.

No plano físico, esses médiuns são considerados ingratos, porque desrespeitaram seus dirigentes, sua religião e suas forças e arcarão com as consequências no futuro. No plano espiritual, são encarnados que esqueceram ou querem esquecer o compromisso que assumiram ao encarnar, que deixam de cumprir sua missão adequadamente e, o que lhes resta, é gradualmente colher as conseqüências de suas atitudes e escolhas, tanto no plano material quanto no espiritual.  Na Umbanda encontram a liberdade, mas não possuem a seriedade para arcar com os compromissos e, quando começam a colher os frutos de suas inconseqüências, se apegam a outros cultos, nos quais se tornam intolerantes aos cultos afro-brasileiros, porque lá não tiveram a humildade de aprender a se desprender do ego e praticar a caridade em favor do próximo."
Gratidão pelas orientações,  Laroyê Exu 7 Porteiras

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Campanha "Beba água e Alimente a Paz!

Amados irmãos, apoiamos esta ideia e compartilhamos para que todos participem desta corrente de energia do bem num gesto bem simples e que todos podem fazer durante todos os dias! Que a paz e o amor vença no coração e no íntimo de todos!

MOVIMENTO “BEBA ÁGUA E ALIMENTE A PAZ”
Como funciona:
A ideia básica da Campanha “Beba Água e alimente a PAZ” é fazer com que cada um de nós, no momento de beber nossa água, qualquer que seja a hora, pronuncie, ou se preferir mentalize a frase (ou mantra) “O MUNDO ESTÁ EM PAZ E EU TAMBÉM!”
Sem nenhum esforço, seremos milhões de pessoas por hora, repetindo ou mentalizando a frase “O MUNDO ESTÁ EM PAZ E EU TAMBÉM!” 
Vamos formar uma corrente de elevada frequência vibratória a favor da paz. O poder da intenção positiva será multiplicado cada vez que alguém aderir ao movimento.
Segundo as tradições orientais respaldadas hoje pela Física Quântica (veja o documentário Quem Somos Nós), a repetição sistemática de pensamentos, sons, palavras ou mantras, cria meios propícios que facilitam a concretização dos objetivos mentalizados.
É provável que bons resultados sejam produzidos com tamanha corrente de bons pensamentos que se formará!
Que tal, vamos tentar? Avise seus amigos e gratidão por ajudar o Mundo a viver em Paz!
Compartilhe essa ideia! Juntos somos mais!!

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Que Mamãe Oxum abençoe a todos!

No dia 12 de outubro comemoramos o dia da Orixá Oxum, do Trono Feminino do Amor, que é o Trono irradiador do Amor Divino e Incondicional e da Concepção da Vida em todos os sentidos. Como mãe da Concepção, Oxum estimula a união matrimonial, e como Trono Mineral, favorece a conquista da riqueza e abundância Material. 

Como responsável pela Concepção é também o Orixá dos Erês, juntamente com Oxumaré, do Trono Masculino do Amor.

Quando as pessoas precisam conceber filhos ou formar família através do matrimônio, podem pedir a Mamãe Oxum que os atende, de acordo com os devidos merecimentos e necessidades.

Sincretizada com Nossa Senhora Aparecida, da igreja católica, é comemora no dia em que também se comemora o Dia das Crianças, daí porque muitos terreiros transferirem as datas dos Erês também para este dia.
Considerada a a Orixá da riqueza, entendam que a riqueza não é só os bens materiais, mas também as condições necessárias para o bem viver  e receber a abundância divina.

Dia da semana: Sábado.
Saudação: Ora iê iê ô!
Sincretismo: Nossa Senhora Aparecida (12 de Outubro)
Nossa Senhora da Conceição (08 de Dezembro).
Cores: cor-de-rosa na Umbanda
Símbolos: leque com estrela e espelho.
Onde recebe oferendas: em rios, nascentes e cachoeiras.
Principais oferendas: velas, flores brancas e amarelas, perfumes, adereços, espelhos, suas comidas e bebidas.
Bebida: champanhe.
Domínio: água doce.
O que faz: dá riqueza, amor, fertilidade, protege o parto e o bebê.


Que a Amada Mãe Oxum abençoe a todos neste mês de outubro!

O que tiver que ser concebido, peça a ela que lhe concederá, desde que tenha merecimento, de acordo com a vontade do Criador.
Ora iê iê o, Mamãe Oxum!

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Festa Cigana no Recanto

Participe de nossa Festa Cigana no domingo pela manhã e venha com suas roupas típicas para agradar suas entidades!


Confirme sua presença no link
http://goo.gl/forms/z4rlyynhbB

Participação no Ritual de Harmonização::
7 moedas de 1 real
1 flor e uma fruta

Podem vir com suas roupas ciganas
MULHERES - Venham de saia abaixo dos joelhos
HOMENS - Venham de calças e podem colocar lenços na cabeça.

Nossa Festa Cigana é uma celebração às entidades ciganas na Umbanda com toda sua alegria e atendimento aos pedidos de todos de acordo com suas necessidades e a Vontade Divina.

Na Magia Cigana, tão próxima de nós, temos os auxílios na área da saúde, relacionamento, profissional, prosperidade, harmonia familiar, dentre outros.

Venham com suas roupas ciganas para captar a maravilhosa energia cigana e poder participar do Ritual Cigano de Harmonia e Prosperidade.




terça-feira, 8 de setembro de 2015

O “Passe Espírita” e o “Passe Umbandista”


“A um médium é solicitado que conheça o mínimo indispensável para que possa realizar as práticas de Umbanda e seus rituais. Também é exigido que estude um pouco, porque só assim, entenderá tudo o que acontece dentro de um templo de Umbanda durante a realização das giras de trabalho.” Rubens Saraceni1
Jornal de Umbanda/SP-15/11/2010-Ed.01/AlexandreCumino


A palavra “passe” tem origem no Espiritismo, codificado por Allan Kardec, e traz a idéia de “passar” ou “transmitir” algo a alguém. A doutrina codificada por Kardec tem base cristã e encontra no Evangelho as muitas passagens em que Jesus cura as pessoas e “expulsa” espíritos indesejados por meio da imposição de mãos. Algo que vamos encontrar em muitas outras culturas como a egípcia, a grega, a celta, a chinesa, a indiana ou em tradições indígenas e xamãnicas. Estudiosos do passado e do presente se debruçam sobre os fundamentos científicos das técnicas de “passe magnético”, desde Hermes Trimegistro, Fo-Hi, Asclépio, Pitágoras, Hipócrates, Paracelso, Van Helmont, Mesmer, Du Potet e outros.

Na obra de Allan Kardec vamos encontrar (A Gênese, Cap. XIV, 1:14, 15 e 18) a descrição dos “Fluidos” e sua manipulação:

Os Espíritos atuam sobre os fluidos espirituais, não os manipulando como os homens manipulam os gases, mas por meio do pensamento e da vontade. O pensamento e a vontade são para os Espíritos o que a mão é para os homens...

Pode-se dizer, sem receio de errar, que há nesses fluidos, ondas e raios de pensamentos, que se cruzam sem se confundirem, como há no ar ondas e raios sonoros...
O pensamento do encarnado atua sobre os fluidos espirituais como o dos desencarnados; transmite-se de Espírito a Espírito pelo mesmo veículo, e, conforme sua boa ou má qualidade, saneia ou vicia os fluidos circundantes...

No “Passe Espírita” o médium manipula estes fluidos por meio de técnicas que foram se desenvolvendo com o tempo. Aqui no Brasil devemos, principalmente, a Bezerra de Menezes e Edgard Armond, o método já consagrado e largamente utilizado em boa parte dos “Centros Espíritas”. A padronização dos passes e outras práticas doutrinárias... foram providências adotadas na Federação Espírita dos Estado de São Paulo para efetivar a unidade das práticas espíritas, assunto de alta relevância, levado ao Congresso de Unificação realizado em 1947 nesta Capital. Estas são as palavras que “prefaciam” o título Passes e Radiações: Métodos Espíritas de Cura de autoria de Edgard Armond, 1950. Podemos dizer que o conteúdo deste livro norteou e norteia até hoje o método e técnicas utilizadas no Espiritismo Brasileiro, em que o “Passe Magnético” subdivide-se por categorias como P1, P2, P3, P4. Além do Passe de Limpeza e da Auto Cura. A realização destes passes é feita por qualquer pessoa de boa vontade que tenha estudado o método, para algumas situações, no entanto é necessário certa sensibilidade ou Don mediúnico. A maioria dos métodos é explicada por uma corrente de energia/magnetismo e fluidos que estabelecem um circuito de forças entre “operador passista” e consulente (assistido). Dentro do processo são definidos alguns conceitos como a polaridade das mãos (direita = positiva,
esquerda = negativa) e os centros de força, denominados de chacras por influência oriental, assim como a importância de um conhecimento básico sobre a fisiologia do corpo material e espiritual.
1 Rubens Saraceni. Código de Umbanda. São Paulo: Ed. Madras, 2006. P.79

“Quando o Espírito é de elevada categoria, possui grande poder curativo, muito diferente e muito melhor que o que possui o magnetizador encarnado.” Edgard Armond2

O “Passe Umbandista” não é apenas um “passe magnético” ou material e sim um “Passe Espiritual”, aplicado por um espírito. Assim como Edgard Armond classificou diferentes métodos de aplicação do Passe Magnético para diferentes necessidades, também os espíritos que se manifestam na Umbanda aplicam métodos variados de acordo com a necessidade de cada consulente, dentro dos variados recursos que cada espírito guia entidade/mentor, possui. Sem esquecer que cada um recebe na medida de seu merecimento e afinidade, podendo um encarnado bloquear uma ação positiva direcionada a ele mesmo como conseqüência de sua postura mental. Pois muitos merecem, mas não estão abertos emocionalmente ou psicologicamente para receber o que a espiritualidade lhe oferece, por vários motivos como descrença, irritação, mentalidade critica e posturas interesseiras desfocadas de um objetivo espiritual.

O “Passe Umbandista”, para além de “Passe Espiritual”, pode ser definido como a aplicação de um conjunto de técnicas mágico-religiosas, além de explorar todos os recursos possíveis de imposição de mãos, utiliza elementos e técnicas variadas e até inusitadas.

“Porém, enquanto nos centros espíritas usa-se o passe magnético, nos centros de Umbanda também se recorre aos passes energéticos, quando são usados diversos materiais (fumo, água, ervas, pedras ou colares, etc.) que descarregam os acúmulos negativos alojados nesses campos eletro-magnéticos... Nem sempre o que parece folclore ou exibicionismo realmente o é. Se os mentores dos médiuns de Umbanda exigem determinados colares de pedras, eles sabem para que servem e dominam seu magnetismo, assim como as energias minerais cristalinas irradiadas pelas pedras. Ervas e fumo, quando potencializadas com energias etéreas pelos mentores, também se tornam poderosos limpadores de campos eletromagnéticos.”3

A finalidade é de alcançar maior êxito de acordo com as necessidades, o merecimento e os recursos disponíveis. Cada entidade tem a liberdade de aplicar a técnica que lhe aprouver, desde que dentro dos limites de ética, bom senso e respeito. Embora haja um conjunto de métodos e recursos característicos da Umbanda. Muitas entidades, em especial os pretos velhos, por exemplo, realizam o benzimento, que se distingue do “Passe Magnético”, por empregar uma ação mais relacionada ao poder do verbo, elementos e simbologia, considerada “Magia Popular”.

Também é possível identificar métodos complexos de Magia Riscada (Magia de Pemba), abrindo espaços mágicos (Pontos Riscados) que muitas vezes lembram Mandalas do Hinduismo ou mesmo Fórmulas Cabalisticas da Real Arte Simbólica e Mística Hebraica entre outras práticas de Ocultismo e Hermetismo. Entre os elementos mais utilizados podemos identificar velas, água, óleo, pedras, essências, fumo, ervas, tecidos, ponteiros e a citada pemba (giz utilizado para traçar
símbolos), dentro de um ambiente de terreiro, mágico-religioso por natureza. Nos métodos se observam rezas, orações, preces, evocações, invocações, determinações e fórmulas mágico-religiosas associadas a banhos, defumações, oferendas e outros.

Todos estes recursos estão mais ou menos associados ao “Passe Umbandista”, no qual se cria um ambiente de Som, Cores, Aromas e Luzes, capaz de inebriar de forma positiva todos os cinco sentidos do consulente a fim de conduzi-lo a certo estado de consciência desejado.

Durante o “Passe Umbandista” observamos a entidade espiritual fazer a imposição de mãos, segurar velas direcionadas aos chakras ou traçando movimentos no ar, colocam colares (guias) no pescoço do consulente ou o colocam dentro da mesma em circulo no chão. Atiram ponteiros em pontos riscados, fazem gestos rituais e movimentos com os pés e mãos que nos faz crer na “Magia Gestual”. Em meio a tantos recursos, que nos encantam e fascinam, nos chama a atenção, em especial, o estalar de dedos, bem característico em quase todas as linhas de trabalho. Muitas pesquisas e especulações já foram realizadas sobre esta prática, entre elas são identificadas as energias que existem na ponta de cada um dos dedos da mão, que são pequenos chakras ou vórtices de energia (“chacrinhas”), e, o “choque” vibratório desencadeado no ar quando o dedo médio estala sobre a região da mão chamada de “monte de Vênus”, causando vibração astral e sonora o que desperta certa energia dentro do campo em que está atuando. Este “Estalar de Energias” pode assumir contextos variados de acordo com o que esteja associado, por meio do pensamento ou movimentos. Além deste contexto pode-se usar o estalar de dedos como um simples gesto de descarregar as energias absorvidas pelas palmas das mãos. Um caboclo ou outro espírito guia eleva sua mão ao alto (ou ao lado) buscando certa energia que será irradiada ao consulente, num movimento rápido, ao mesmo tempo em que transmite esta energia positiva, retira os eflúvios negativos e os “descarrega” com um estalar de dedos. Os movimentos longitudinais, transversais e circulares também foram descritos na obra de Edgard Armond, em que: Os passes longitudinais movimentam os fluidos, os transversais os dispersam e os circulares e as imposições de mãos os concentram, o mesmo sucedendo com o sopro quente. Este último merecendo ainda um estudo à parte.

No entanto pode-se associar procedimentos mais ou menos magísticos com os mesmos, ou seja, a relação entre estalos e números com o poder de realização que cada um deles possui, aplicando-se seqüências de estalos que podem variar, por exemplo, de 2x3,3x3,4x3 ou ainda estalos que desenham formas geométricas no ar. Lembrando que a aplicação de símbolos associados a idéias e intenções, com suas respectivas invocações é a mais explicita “magia simbólica”, encontrada nas mais variadas culturas. Assim seqüências de estalos “desenham” no ar, cruzes, estrelas e círculos; firmando ou estabelecendo pontos e espaços vibratórios, aos quais podem ter função nesta realidade ou abrir portais para outras realidades.

Muito mais poderíamos escrever sobre o “Passe Umbandista” e seus recursos, no entanto não pretendemos em um único artigo esgotar o que é inesgotável. Fica aqui um comentário final sobre a importância do estudo, não para complicar o que é realizado de forma tão simples por nossos guias de Umbanda, mas com a finalidade de compreendermos o que eles realizam, com a consciência de que eles sim estudam e estudaram muito para realizar este trabalho espiritual. Não estudamos por um movimento do Ego ou para substituir a presença dos mesmos, mas para lhes oferecer maiores recursos psíquicos, espirituais e materiais. Estudamos para ver o quanto somos ainda “neófitos” (aprendizes) nesta senda, em que Caboclo (a), Preto Velho (a), Baiano (a), Boiadeiro (a), Marinheiro (a), Cigano (a), Exu e Pomba Gira são nossos Mestres.

2  Edgard Armond. Passes e Radiações: Métodos Espíritas de Cura. São Paulo: Ed. Aliança, 1997. P. 85
3  Rubens Saraceni. Código de Umbanda. São Paulo: Ed. Madras, 2006. P. 101

domingo, 23 de agosto de 2015

Inscrições abertas para Desenvolvimento Mediúnico

As inscrições estão abertas para o Desenvolvimento Mediúnico, de acordo com os ensinamentos da Umbanda Sagrada. Para se inscrever, clique AQUI ou na figura abaixo.


sábado, 8 de agosto de 2015

Palestra sobre Mediunidade e Desenvolvimento Mediúnico

O que é Mediunidade e quais são seus sintomas? Pode um espírito do mau atrapalhar a vida de uma pessoa? O que é e o que faz um Médium. Para que fazer Desenvolvimento Mediúnico?

Mediunidade influi na saúde física e mental da pessoa?
Todas estas dúvidas e perguntas que me foram feitas pela internet, estarei respondendo nesta palestra. Participe!
Próxima sexta-feira, 14 de agosto, às 20h, no Recanto Sagrado Ubiratan.
Inscreva-se AQUI


segunda-feira, 20 de julho de 2015

Inscrições abertas para Desenvolvimento Mediúnico

Se voce é médium, mora na proximidade de Itaquera, participe!
Inscreva-se on line clique AQUI-Cursos

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Ritual de Amor e Prosperidade


Convidamos a todos os amigos a participarem da Festa Cigana tendo o Ritual de Amor e Prosperidade e consulta com ciganos.
É simples participar, basta chegar com roupas coloridas, menos preta.
Mulheres - Saia abaixo do joelho rodada ou não
Homens - Calça comprida
Trazer para o ritual:
7 moedas de R$ 1,00 (um real)
1 flor que intuir
2 frutas
2 velas da cor que intuir, menos preta
O que é Prosperidade?
Prosperidade é ter os caminhos abertos em todos os sentidos da vida, tendo uma abertura de caminhos nos planos material, emocional, familiar, profissional, espiritual. Claro que todos serão ajudados segundo suas necessidades, merecimento de acordo com a Vontade Divina.
Amor - Quando fazemos Ritual de Amor não é só para o Amor de par, mas também nas relações de amizade, familiares, profissionais, para que os relacionamentos fluam de uma maneira mais alegre e mais feliz.
Desta forma, a linha cigana vai trabalhar o emocional de cada de uma forma alegre e tranquila.
Participe!
É só chegar com o material para participar dos rituais!
Sábado, 18 de julho às 18:00
Próxima semana
Exibir mapa
Rua Victório Santim, 1511, Vila Carmozina, Itaquera, São Paulo/SP

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Desenvolvimento Mediúnico pra que?

Para que serve o desenvolvimento mediúnico? Por que o médium precisa fazê-lo? Quais as consequências da mediunidade?

Por Sandrah Sagrado
Imagem: Google

Quando somos médiuns estamos no caminho do meio entre o plano espiritual e o plano físico e estamos com nossos canais abertos a quaisquer tipos de energias. Podemos entender energias como emanações de pensamentos, sentimentos, ações e vibrações de encarnados e desencarnados (espíritos).

A energia em si pode ser negativa ou positiva depende de sua fonte de emanação. No entanto, os canais abertos podem receber as energias sem diferenciar se são positivas ou negativas e assim, o médium pode ter vários sintomas sejam mentais, emocionais, físicos (saúde, finanças, família etc), espirituais (ver e ouvir seres diversos dentre outras).

Na maioria das vezes as famílias creditam visões e ouvir vozes a problemas médicos, ,como foi o caso do próprio fundador da Umbanda Zélio Fernandino de Morais que aos 17 anos teve uma série de mudanças e temendo que estivesse enlouquecendo, a família o levou a médicos até que foi constatado que era de fundo espiritual, isso em 1908.

Até os dias atuais isso ocorre com a  maioria de nós,  médiuns. Quando o médium começa a ouvir vozes, ver seres, ter  sensações de situações a seu redor,  se não pertencer a uma família que tenha conhecimentos espirituais, é levado primeiro ao médico, quando este não resolve aí sim, vão verificar o problema espiritual e na maioria das vezes é detectada a mediunidade.

Como lidar com as visões,  vozes e todos os sintomas da mediunidade? 


Estas respostas são encontradas na Educação Mediúnica que ocorre no processo do Desenvolvimento Mediúnico, através do qual o médium vai saber qual seu tipo de mediunidade, aprender a lidar com ela, com questões do dia-a-dia quea  envolvem e qualificar seus centros de força para lidar com as energias da melhor forma possível para que beneficie a si mesmo e aos demais ao seu redor.

Assim, mudará a forma de pensar os problemas a partir do momento que começar o desenvolvimento mediúnico que ocorre não só para o encarnado, mas para todos os desencarnados que o circundam. É um processo que fará rever a vida e seus conceitos!

Tem visões, ouve vozes,  tem sonhos  premonitórios, dizem que voce é diferente? Pode ser mais comum do que pensa e só precisa educar a mediunidade para se sentir melhor consigo mesmo e encontrar os seus iguais.

Lembrando que a Umbanda só faz o bem! Por isso promove cura, bem estar e alegria!
Quem começa a se desenvolver na Umbanda, diz que é um divisor de águas,  e pode comparar  sua vida antes e depois da Umbanda!

Desenvolva-se e seja feliz!


sexta-feira, 24 de abril de 2015

O Sacerdote de Umbanda e o Sacerdócio Umbandista



Observando a forma como surgem os Centros de Umbanda e conversando com muitas pessoas que dirigem seus Centros, cheguei a algumas conclusões aqui expostas e que, espero, não despertem reações negativas, mas sim levem todos à reflexão. Só isto é o que desejo e nada mais.

Todos os dirigentes com os quais conversei foram unânimes em vários pontos:
a) foram solicitados pelos seus Guias espirituais para que abrissem suas Casas;
b) todos relutaram em assumir responsabilidade tão grande;
c) todos, de início, se sentiam inseguros e não se achavam preparados para tanto;
d) todos só assumiram missão tão espinhosa após seus Guias afiançarem-lhes que tinham essa missão e que teriam todo o apoio do Astral para levá-la adiante e ajudarem muitas pessoas;
e) todos sentiam então que lhes faltava uma preparação adequada para poderem fazer um bom trabalho como dirigente espiritual;
f) todos confiavam nos seus Guias espirituais e no magnífico trabalho que eles realizavam em benefício das pessoas;
g) todos, sem exceção, só levaram adiante tal missão porque acreditaram nos seus Guias;
h) todos se sentem gratos aos seus Guias por tê-los instruído quando pouco ou quase nada sabiam sobre tantas coisas que compõem o exercício da mediunidade e sobre sua missão de dirigir uma Tenda de Umbanda;
i) mas todos ainda acham que há algo a ser aprendido e acrescentado ao seu trabalho, mesmo já tendo muitos anos de atividade como dirigente e de já haver formado médiuns que hoje também já montaram e dirigem suas próprias Casas;
j) e todos acreditam que sempre é tempo de aprender um pouco mais e não têm vergonha de ouvir o que outros dirigentes têm a dizer;

Bem, só com essas observações acima já temos um retrato fiel dos dirigentes umbandistas, e posso afirmar com convicção algumas conclusões a que cheguei:
a) na Umbanda o sacerdócio é uma missão;
b) o sacerdote de Umbanda (a pessoa que deve dirigir um Centro e comandar os trabalhos espirituais) não é feito por ninguém; ele já traz desde seu nascimento essa missão;
c) o sacerdote de Umbanda invariavelmente é escolhido pela espiritualidade;
d) só consegue dirigir uma Tenda quem traz essa missão, pois esta também é dos Guias espirituais;
e) mesmo não se sentindo preparado para tão digno trabalho, no entanto, a maioria crê nos seus Guias e leva adiante sua incumbência;
f) mesmo não sabendo muito sobre como dirigir uma Tenda, os Guias suprem essa nossa deficiência e vão nos ensinando coisas muito práticas que, com o passar dos anos, se tornam um riquíssimo aprendizado;
g) todos gostariam de se preparar melhor para o exercício sacerdotal, ainda que já sejam ótimos dirigentes espirituais;
h) todos lêem muito sobre a Umbanda e procuram nas leituras informações que os auxiliem no seu sacerdócio;
i) muitos fazem vários cursos holísticos para expandirem seus horizontes e a compreensão do que lhe foi reservado pela espiritualidade;
j) todos gostariam de ter alguém (uma escola, uma federação, uma pessoa) que pudesse responder certas dúvidas que vão surgindo no decorrer do exercício da sua missão;

Bem, o que deduzi é que ninguém faz um dirigente espiritual porque só o é ou só o será quem receber essa missão dos seus Guias espirituais.  Mas, se assim é na Umbanda, no entanto o exercício do sacerdócio pode ser organizado, graduado e direcionado por uma “escola”, e isto facilita muito porque traz confiança e orientações fundamentais ao dirigente espiritual.
Devíamos ter na Umbanda mais escolas preparatórias tradicionais que auxiliassem as pessoas que trazem essa missão, tornando mais fácil as coisas para elas.  E, lamentavelmente, além de só termos alguns cursos voltados para esse campo, ainda assim quem ousou montá-los é injustamente acusado de charlatão, embusteiro, aproveitador e outros termos pejorativos.

Eu mesmo, só porque montei um “Colégio” sob orientação espiritual e só porque psicografei algumas dezenas de livros de Umbanda (muitos ainda não publicados) já sofri todo tipo de discriminação, de calúnia, de ofensas e de acusações que espero que cessem, pois os umbandistas acabarão por entender que todas as religiões têm escolas preparatórias dos seus sacerdotes.

Só assim, com todos aprendendo as mesmas diretrizes e doutrina umbandista, a nossa religião conseguirá organizar-se e expurgar do seu meio os espertalhões que têm feito coisas condenáveis e cujos atos têm refletido negativamente sobre o trabalho sério de todos os verdadeiros umbandistas.
O texto acima faz parte do livro Tratado Geral de Umbanda, Editora Madras