Por Sandra Sagrado
Primeiramente, vale lembrar que a Umbanda é o culto à natureza e os Orixás são energias regentes da natureza, são Divindades, Tronos de Deus, nunca foram gerados como seres humanos, mas suas irradiações vivas e divinas sobre os seres que estão sobre elas lhes dão certas características peculiares.
Os Orixãs vem do culto africano das Divindades e, em virtude dos africanos negros terem sido trazidos à força para o Brasil como escravos, se viram obrigados a esconder sua espiritualidade e religião, realizando o sincretismo para que pudessem sobreviver e conseguirem manter sua crença, mesmo às escondidas.
Naquela época, o sincretismo se fazia necessário por uma questão de resistência cultural e sobrevivência física, já que os africanos sofriam muito nas mãos dos senhores de escravos que queriam controlar suas vidas, seus corpos e suas almas, não permitindo até que estivessem com a mesmas pessoas das famílias, separando parentes e até tribos que de idioma igual para impedir que se comunicassem.
Em África, o culto aos Orixás era territorial, visto que em cada lugar se cultuava um Orixá que era sustentador espiritual do povo da região de culto. Ao chegarem escravizados no Brasil, muitas tribos de diferentes locais se misturaram, ampliando assim o culto aos Orixás ampliando o número de Divinidades Cultuadas. Não entendendo estas diferenciações culturais e exercendo uma total dominação cultural, a igreja da época quis a todo custo "evangelizar" africanos e indígenas, que foram proibidos de expressar suas crenças originais.
Daí surgiu o sincretismo para suportarem o duro período em que viviam.
O Sincretismo hoje se tornou desnecessário, já que a liberdade de expressão de crenças religiosas é permitida. No entanto, devido ao longo tempo de educação cristã católica, uma boa parte dos umbandistas, ainda associa ou prefere associar Xangô a São Jerônimo, tal qual faziam antes os africanos escravizados, por uma questão de educação cultural. Abaixo, saiba sobre Xangô e sobre São Jerônimo. Pode-se dizer que São Jerônimo era um filho de Xangô, devido seu senso de Justiça e retidão. Eu ainda prefiro o Xangô sem sincretismo, pois é uma energia maravilhosa que equilibra os seres em todos os sentidos da vida, dotando a todos com razão e retidão, de acordo com o merecimento Divino.
Xangô
O Orixá Xangô é o Trono Natural da Justiça e está assentado no pólo positivo da linha do Fogo Divino, de onde se projeta e faz surgir sete hierarquias naturais de nível intermediário, pontificadas pelos Xangôs regentes dos pólos e níveis vibratórios intermediários da linha de forças da Justiça Divina. Estes sete Xangôs são Orixás Naturais; são regentes de níveis vibratórios; são multidimensionais e são irradiadores das qualidades, dos atributos e das atribuições do Orixá maior Xangô.
Eles aplicam os aspectos positivos da justiça divina nos níveis vibratórios positivos e polarizam-se com os Xangôs cósmicos, que são os aplicadores dos aspectos negativos da justiça divina. Como, na Umbanda, quem lida com os regentes desses aspectos são os Exús e as Pomba-Giras.
Os Xangôs intermediários, tal como todos os Orixás Intermediários, possuem nomes mântricos que não podem ser abertos ao plano material. Muitos os chamam de Xangô da Pedra Branca, Xangô Sete Pedreiras, Xangô dos Raios, etc. Enfim, são nomes simbólicos para os mistérios regidos pelos Orixás Xangôs Intermediários. Só que quem usa estes nomes simbólicos não são os regentes dos pólos magnéticos da linha da Justiça, e sim os seus intermediadores, que foram “humanizados” e regem linhas de caboclos que manifestam- se no Ritual de Umbanda Sagrada comandando as linhas de trabalhos de ação e reação.
Eles são os aplicadores “humanos” dos aspectos positivos da justiça divina.
Logo, se alguém disser: “Eu incorporo o Xangô tal”, com certeza está incorporando o seu Xangô individual, que é um ser natural de 6° grau vibratório, ou um espírito reintegrado às hierarquias naturais regidas por estes Xangôs. Nem no Candomblé se incorpora um Xangô de nível intermediário ou qualquer outro Orixá desta magnitude. O máximo que se alcança, em nível de incorporação, é um Orixá de grau intermediador. Mas no geral, todos incorporam seu Orixá individual natural, ou um espírito reintegrado às hierarquias naturais e, portanto, um irradiador de um dos aspectos do seu Orixá maior.
Eles aplicam os aspectos positivos da justiça divina nos níveis vibratórios positivos e polarizam-se com os Xangôs cósmicos, que são os aplicadores dos aspectos negativos da justiça divina. Como, na Umbanda, quem lida com os regentes desses aspectos são os Exús e as Pomba-Giras.
Os Xangôs intermediários, tal como todos os Orixás Intermediários, possuem nomes mântricos que não podem ser abertos ao plano material. Muitos os chamam de Xangô da Pedra Branca, Xangô Sete Pedreiras, Xangô dos Raios, etc. Enfim, são nomes simbólicos para os mistérios regidos pelos Orixás Xangôs Intermediários. Só que quem usa estes nomes simbólicos não são os regentes dos pólos magnéticos da linha da Justiça, e sim os seus intermediadores, que foram “humanizados” e regem linhas de caboclos que manifestam- se no Ritual de Umbanda Sagrada comandando as linhas de trabalhos de ação e reação.
Eles são os aplicadores “humanos” dos aspectos positivos da justiça divina.
Logo, se alguém disser: “Eu incorporo o Xangô tal”, com certeza está incorporando o seu Xangô individual, que é um ser natural de 6° grau vibratório, ou um espírito reintegrado às hierarquias naturais regidas por estes Xangôs. Nem no Candomblé se incorpora um Xangô de nível intermediário ou qualquer outro Orixá desta magnitude. O máximo que se alcança, em nível de incorporação, é um Orixá de grau intermediador. Mas no geral, todos incorporam seu Orixá individual natural, ou um espírito reintegrado às hierarquias naturais e, portanto, um irradiador de um dos aspectos do seu Orixá maior.
São Jerônimo
São Jerônimo nasceu na Dalmácia, hoje Croácia, no ano de 340. Sua família era rica, culta e de raiz cristã. Ele era filho único e herdou uma pequena fortuna de seus pais. Após a morte deles, Jerônimo foi morar em Roma, onde estudou retórica, que é a arte de falar bem, oratória, com os melhores mestres da época. Foi batizado somente aos vinte e cinco anos pelo Papa Libério. Depois disso, recolheu-se com monges para estudo da bíblia, procurando traduzir versículos da Bíblia que serviram de base para a tradução bíblica da igreja aprovada no Concilio de Trento.
Após este trabalho, morou em Belém, como monge num mosteiro fundado por Santa Paula, sua grande amiga e auxiliadora nos trabalhos de estudo e tradução da Bíblia.
São Jerônimo morreu com quase 80 anos no dia 30 de setembro do ano 420 e é o Padroeiro dos estudos bíblicos, dos estudiosos da Bíblia. O dia da Bíblia foi colocado no dia de sua morte.